«Pop Rock e Vice Versa», de José Cid
José Cid, o "colosso" (como lhe chamou Júlia Pinheiro numa das suas tardes da semana passada, que podem ver no fundo deste post) reinventa-se mais uma vez, lançando o segundo álbum da prometida trilogia.
Desta vez trata-se de um álbum (duplo) de versões, quer de seus próprios êxitos, quer de outros. Ainda não ouvi tudo, mas pela sonoridade do pouco que ouvi pareceu-me que vale bem a pena.
O último concerto a que fui de Cid deixou-me um pouco triste. Primeiro porque o som no "lounge" do Casino de Lisboa é simplesmente muito mau. Mas principalmente pela atitude de alguns espectadores.
Já era fã de Cid antes da sua revitalização, e apesar de admitir que também sou um pouco cativado pela sua imagem kitsch (e tão bem sabe ele explorar isso!), penso que devemos respeito a qualquer pessoa. O que se passou naquela sala (ou hall do casino) revela que muitos dos seus novos "seguidores" não passam de putos estúpidos, que não têm noção que Cid é um artista de nível mundial e com um álbum no Top 100 da Billboard magazine, no que diz respeito a rock progressivo.
«A pouco e pouco» é uma obra menos feliz (apesar de até achar o refrão bastante bom) com que Cid teve de aprender a viver (como com o macaco e sua banana), mas isso não justifica o gozo maldoso (ou "comentários jocosos", como ministro da saúde tanto gosta de dizer), o perturbar e mesmo interromper de músicas com berros de «Favas! Favas!» e o completo desprezo pela vontade do artista, que claramente não queria repetir a canção no encore.
Aparte disso, acho essa canção deliciosa e com um potencial de paródia fantástico. E Cid também sabe disso, pelo que uma das faixas do novo álbum é uma nova versão, num estilo bem diferente do original.
Só não percebi o porquê de algumas das alterações na letra. Para além de ter despedido o escrivão (o que originou tamanha confusão), também deixou de acender a fogueira na sala, optando por uma lareira (opção bem mais segura).
Sem comentários:
Enviar um comentário