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terça-feira, 28 de agosto de 2007

Hospital do Cacém

Novo hospitalcuf no concelho de Sintra:

«A José de Mello Saúde vai investir 60 milhões de euros na criação de um novo hospital de 100 camas no concelho de Sintra. A futura unidade hospitalar contará com atendimento permanente, bloco operatório incluindo cirurgia do ambulatório, unidade de cuidados intensivos, hospital de dia, mais de trinta gabinetes de consultas externas e uma forte capacidade de meios de diagnóstico e tratamento, assente em grande actualização e diferenciação tecnológica. Terá uma área de 33 mil metros quadrados, incluindo estacionamento para 400 viaturas. Está prevista a criação de cerca de 300 postos de trabalho de enfermagem, auxiliares, técnicos e administrativos a que acrescerá um número na ordem dos 150 médicos segundo diferentes tipologias de contratação. Espera-se a sua abertura em 2011 na zona do Pólis do Cacém de forma a servir centralmente um concelho que tem, neste momento, 370 mil habitantes, maioritariamente famílias jovens.»
  Foi pouco tempo depois de me mudar para Agualva-Cacém que abriu o hospital Amadora-Sintra (Fernando Fonseca). Foi também pouco tempo depois que fechou o hospital em Sintra. E também pouco tempo depois o Amadora-Sintra começou a revelar-se insuficiente para tão grande área de abrangência. E pouco tempo depois começaram então as promessas de um novo hospital para Sintra.
  Passou, portanto, muito tempo. O potencial hospital vai tomando diversas designações/localizações, sem nenhum ordenação temporal especial... "Sintra", "Sintra-Cascais", "Cascais"...

  Mas acabo por acreditar mais na promessa acima... Dá vontade de pensar "Cá está o prometido hospital!", e mesmo "à porta" de minha casa (onde ao certo ainda não percebi).
  Um hospital CUF no Cacém. Anos à espera de um novo hospital, e acaba por abrir um privado (sendo que se chegar a abrir o público será com gestão privada do mesmo grupo)...

  Uma das coisas que me irrita no Amadora-Sintra é mesmo a sua localização... Faz-me lembrar aqueles hipermercados isolados da cidade, no meio de vias rápidas, e impossíveis de chegar a pé. Sempre quero ver onde constroem o novo hospital público... Se e quando construirem...

domingo, 26 de agosto de 2007

Autocarros em Londres

Graças a um acordo entre o governo venezuelano e a Câmara de Londres, a capital inglesa começa esta semana a disponibilizar bilhetes de autocarro a metade do preço, aos residentes pobres da cidade. O projecto de abastecer a cidade com petróleo a baixo preço irá permitir que 250,000 dos residentes mais pobres de Londres possam facilmente usar os transportes públicos.

O governo venezuelano chegou a acordo com o Presidente da Câmara de Londres, Ken Livingstone, em Fevereiro passado, depois do Presidente Chávez ter sugerido a ideia durante uma visita a Londres em 2006. O acordo irá dar um desconto de 20% no combustível da Venezuela para os autocarros. Ao mesmo tempo, Londres irá abrir um gabinete em Caracas para dar à Venezuela aconselhamento e conhecimentos específicos sobre turismo, transportes públicos, planeamento urbano, e protecção do ambiente, campos nos quais Londres é líder mundial.

O desconto irá fazer baixar a conta anual da cidade em combustível que é de 65 milhões de libras [perto de 95 milhões de euros] em 14 milhões de libras [perto 20 milhões de euros], disse um porta-voz do presidente da Câmara. Quem irá beneficiar dos bilhetes de autocarro mais baratos irão ser famílias monoparentais, pessoas com doença prolongada, deficientes e outros de baixos recursos.

“Queremos atingir os londrinos mais pobres,” disse Livingstone aos jornalistas. “A partir de hoje, todos os londrinos que estão a receber o 'Income Suport' [um apoio financeiro] são elegíveis para obterem bilhetes a metade do preço para os autocarros de Londres. Isto irá embaratecer e facilitar a vida das pessoas e permitir que aproveitem Londres ao máximo.”


O presidente disse que o preço reduzido dos bilhetes poderia permitir poupanças tão grandes como 280 libras [411 euros] por ano por pessoa. E Livingstone assegurou que a Venezuela também irá beneficiar com o acordo.


“O acordo que torna isto possível também beneficia o povo da Venezuela, fornecendo conhecimento nas áreas de gestão de cidade, nas quais Londres é uma líder mundial, tais como transportes públicos, planeamento, turismo, e protecção do ambiente. Londres e Venezuela irão estar a trocar estas coisas nas quais são ricas, com benefício para os dois lados.”


O Presidente foi elogiado por alguns sectores, mas criticado por outros, pelo acordo com a Venezuela. O Director Executivo Adjunto do Centro Muçulmano de Londres, Shaynul Khan, louvou o acordo como uma forma de reduzir o custo de vida dos mais necessitados.

“Londres é uma das cidades mais caras do mundo para se viver e trabalhar, mas também cá vivem algumas das comunidades mais pobres,” disse o Director. “Iniciativas que reduzam o custo de vida dos mais necessitados são muito bem-vindas.”


“Trabalhando nas comunidades nós ouvimos as suas preocupações, tais como o custo dos transportes. Nós elogiamos o Presidente e a Autoridade Metropolitana de Londres por introduzir medidas práticas que ajudam os londrinos. Esta iniciativa irá beneficiar muitos milhares de pessoas comuns com baixos recursos,” assegurou ele.


O acordo foi criticado por Angie Bray, membro do Partido Conservador na Assembleia Municipal. Ela disse que Livingstone, como presidente de uma das cidades mais ricas do mundo, não deveria aceitar subsídios dos residentes em Caracas, uma das mais pobres.

  Citação de Chris Carlson - Venezuelanalysis.com, traduzido por Alexandre Leite.
  Notícia no Finacial Times Europe.

  Pode me ter escapado, pois tenho visto pouca televisão, mas pensava que notícias que envolvessem a Venezuela fossem só sobre raptos de comerciantes portugueses... Pelo menos por cá sim, ou estarei a fazer mal a pesquisa? Dá-me zero resultados na pesquisa do Google News, enquanto a pesquisa na web (limitado por "site:.pt") não me dá resultados relevantes.

Silly Season (1)

Pílula e preservativos de graça:

«As mulheres portuguesas vão ter um acesso mais fácil aos contraceptivos. O Governo quer criar uma espécie de via verde de acesso à pílula e aos preservativos nos centros de saúde.»
  O Governo aproveitou ainda para anunciar medidas como o plano nacional de vacinação e as baixas por doença. Noutras áreas destacou a expansão do ensino obrigatório até ao 9º ano e a abertura de uma nova auto-estrada que ligará Lisboa a Cascais.

  Só como referência, do site do IPJ:
Onde podes adquirir preservativos?
Os Centros de Saúde, e também os Centros de Atendimento a Jovens, fornecem preservativos gratuitamente.
Podes também comprá-los nas farmácias, nos supermercados, nas máquinas que se encontram nas discotecas, bares e centros comerciais, (nestes casos atenção ao seu período de validade e se estas máquinas estão no exterior, ou seja, expostas ao meio ambiente).

Grande vitória do século

Ano de 2007 é o que regista menor área ardida neste século:

«O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas congratulou-se hoje com os dados relativos à área ardida, considerando 2007 como o ano deste século em que até agora há menos área devastada pelo fogo. "O balanço é muito positivo e o facto de, durante este século, este ser o ano com menos área ardida no país é um bom sinal de que as coisas estão no bom caminho", afirmou Rui Nobre Gonçalves.»

  Por momentos, juro-vos, tentei lembrar-me de notícias de grandes fogos nos anos 40, 50 ou 60... Depois lembrei-me que o século actual começou há menos de sete anos.
  Mas ainda bem que o Governo se vem congratular pelos resultados no combate aos incêndios, num ano em que as temperaturas raramente chegaram aos 30ºC e chove de 10 em 10 dias. Curiosamente os poucos incêndios de que se tem ouvido falar têm sido nos dias em que a temperatura realmente ultrapassou os 30ºC.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Notícias muito úteis e informativas (1)

SIC Online - "Regresso" a casa 66 anos depois

«Os netos e as bisnetas de Adelino Mendes não comemoraram o 81º aniversário do líder cubano, que há um ano entregou o poder ao irmão Raul Castro.

"Nunca vamos deixar de ser cubanos", afirma Líber Mendes, admitindo que o último 13 de Agosto, data do nascimento de Fidel, lhes passou despercebida.»

(ah, pois... tem tudo a ver...)

«Lídice Mendes recebeu este mês o cartão de eleitor na Junta de Freguesia da Lousã, onde fora tratar de outro assunto.

A funcionária avisou que iria também emitir o documento que a habilita a votar... em diferentes partidos, pela primeira vez na vida.»

(é preciso um documento para votar em partidos?)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Tendencialmente gratuíto (1)


Medida será aprovada hoje em Conselho de Ministros
Estudantes do superior vão poder contrair empréstimos para financiar os cursos
23.08.2007 - 10h56 PUBLICO.PT


Os estudantes do ensino superior e os investigadores vão poder contrair empréstimos junto da banca para financiar os seus estudos, tendo o Estado como fiador e com taxas de juro que dependem do sucesso escolar.

A medida entra em vigor já a partir deste ano lectivo e irá abranger licenciaturas, mestrados e doutoramentos, mas também projectos de investigação, no ensino público e privado, através de um fundo de garantia mútuo com uma participação inicial de 1,5 milhões de euros.

Segundo o "Diário de Notícias" de hoje, os alunos com melhores notas — acima de 16 — têm direito a juros mais baixos, devendo as licenciaturas usufuir de empréstimos de até 25 mil euros, tecto que poderá subir se o grau de estudos for superior. Os juros mais baixos — cujos valores ainda não estão definidos — serão possíveis porque o Estado vai tornar-se fiador dos estudantes.

O pagamento começa a ser feito um ano após concluída a formação superior e o empréstimo deve ser liquidado no mesmo número de anos em que foi utilizado.

Estes empréstimos não vão interferir com a acção social já existente, que se reflecte, por exemplo, no apoio através de bolsas de estudos, podendo os estudantes ter uma bolsa e um empréstimo para financiar o seu curso.



  Parece já ponto assente que a educação nunca será gratuita. Há então que entregar o seu financiamento aos privados.
  Que estranho que do Norte, Finlândias, Suécias e afins, só se tente importar conceitos de Flexiseguranças (e mesmo nisso só a parte do flexi, deixando a segurança de parte), e se deixe de parte o conceito de educação grátis e subsidiada.
  Mas pronto, são sociedades economicamente mais avançadas... Nós estamos na cauda da Europa dos 15... Mas e dos pobrezinhos países do alargamento, não se podem tirar exemplos?

  Ainda bem que não é preciso sair da Europa.