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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Ponto de fuga

  Há dias em que olho pela janela e tudo me parece mais distante.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Como a vida muda

  Apeteceu-me partilhar estas fotos.

  A primeira foi tirada em 1985, tinha eu ainda 4 anos (e era fã do Dartacão).
  A segunda foi tirada agora (com o telemóvel e sem luz).

  Sim, já tinha barba e bigode com 4 anos.

    

    

terça-feira, 20 de novembro de 2007

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Talvez isto ajude



  Já na noite anterior tinha achado curioso o frio ser uma das três notícias de destaque na SIC Notícias.
  Quando vi este bloco de abertura do noticiário da RTP (antes tinham dado uma reportagem de 1 minuto sobre o arquitecto acusado de pedofilia e outra de 3 minutos sobre uma casa que ardeu por causa de uma lareira) nada mais fiz do que ver tudo até ao fim e dar umas boas risadas.
  É anedótico e dava um razoável sketch.

  E para quê pensar em mais seja o que for? Isto chega-nos. Está frio em Novembro.
  (Esteve um pouco de calor no "verão de São Martinho", mas agora vai chover.)

Para reflectir, então...

  O que leva as pessoas a não se mobilizarem para protegerem os seus próprios direitos e os dos outros, mas permite que se mobilizem contra quem tenta proteger esses mesmos direitos?

Stop la greve

  É engraçado que ainda a semana passada falava sobre greves.
  Começando na greve dos argumentistas americanos, fomos ter invariavelmente à fraca adesão às greves em Portugal e ao clima anti-grevista que se vive. E um colega meu lançou um comentário que já ouvi diversas vezes ao longo da minha vida: «Em França é que as greves são a sério. Quando fazem é mesmo a valer e toda a gente adere, e os Governos levam a sério e têm de ceder».
  Claro que tudo isto num tom de "se cá fosse assim, valia a pena fazer greve", o que é paradoxal, mas não é o assunto que interessa.

  Eu até não simpatizo com os franceses... E Paris, sendo indiscutivelmente uma grande e bonita cidade, não deixa de ser a capital europeia com que menos simpatizei... Mas também ainda só conheço quatro.
  E é claro uma potência neo-liberal, e uma das forças de interesses da União Europeia.

  Mas ainda há realmente um "je ne sais quoi" em França...
  Talvez por ser a terra da revolução... francesa.
  Ou talvez por lá ter surgido coisas como as férias pagas...
  Oh, e as manifestações estudantis de Maio de 68 (que a maioria nem sabe bem do que se trata, mas que de alguma maneira tem uma memória colectiva do facto histórico)...
  E por vermos na TV os efeitos das grandes greves por lá... Ainda o ano passado o presidente teve de vetar a lei do primeiro emprego, por causa das manifestações dos estudantes...
  E mesmo por dados económicos:

Despite significant liberalisation over the past 15 years, the government continues to play a significant role in the economy: government spending, at 53% of GDP in 2000, is the highest in the G-7. Labour conditions and wages are highly regulated. The government continues to own shares in corporations in a range of sectors, including banking, energy production and distribution, automobiles, transportation, and telecommunications.
(http://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Economy_of_France&oldid=171537482)
  E na semana seguinte lá veio uma greve em França...
A poucas horas do início, ontem à noite, da greve dos trabalhadores dos caminhos-de-ferro em França, aos quais se juntam hoje os funcionários das empresas públicas de electricidade e gás, do metro e autocarros da região de Paris, o Presidente Nicolas Sarkozy reiterou, como tantas vezes, a sua intenção de levar até ao fim as reformas anunciadas, independentemente do descontentamento que possam suscitar.
(http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1310584)
  E eu pensei... Uou... Má jogada do Governo, vão se lixar...

  Mas que andará Sarkozy a tramar? De certo que não foram mexer em direitos dos trabalhadores! Seria impensável...
  Na França? Com o seu sistema de segurança social de bandeira?! Quem nunca ouviu alguém comentar "Olha, sabes quanto é que em França te pagam se tiveres três filhos?"; ou "Olha, recebo mais da minha pensão de França do que da reforma de cá..."? E quem, se viu o «Sicko», não ficou com a imagem da senhora que até nos vai a casa lavar a roupa?

  Nah, aí ninguém iria pensar tocar...
Os 500 mil trabalhadores abrangidos pelos regimes de excepção serão agora levados a descontar para a segurança social os mesmos 40 anos dos outros trabalhadores e não os 37,5 anos que lhes eram exigidos até aqui. Numa entrevista ao Journal du Dimanche, o primeiro-ministro François Fillon invocou a "exigência de justiça" e a ausência de "qualquer solução alternativa para salvar o sistema de pensões".

Estas reformas não são as únicas, nem as mais abrangentes - o Governo francês já preparou a opinião pública para uma reforma da administração pública que poderá levar à supressão de 23 mil postos de trabalho em 2008.
(http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1310584)
  E eu pensei... Epá, já se tem a mesma conversa lá que se tem por aqui... Direitos adquiridos e benefícios, anteriormente justificados, são chamados "privilégios"... Da segurança social diz-se que não tem viabilidade financeira... E que a administração pública tem de ser reduzida...

  Bem, vai ser cá um tumulto! Um Governo que mexe com os direitos dos trabalhadores e publicamente despreza e ignora a greve...


(Foto: Mal Langsdon/Reuters)
Ne laissons pas la dictature des syndicats prendre le pouvoir en France ! Les syndicats ne pèsent que 8,2% des salariés sur notre territoire, un taux bien moins élevé que celui des Etats-Unis ou de l’Allemagne pour ne prendre que ces deux exemples.
(http://www.stoplagreve.com/spip.php?article4)
  A "ditadura dos sindicatos"... Sindicatos que não representam ninguém... Piquetes anti-greve... «A quand un gros mouvement d’envergure contre la grève?»

  E eu pensei... Nah, esquece lá França. Já estão iguais a nós. E viva a desinformação.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Mais um


My computer geek score is greater than 65% of all people in the world! How do you compare? Click here to find out!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Quero andar de bicicleta


You Belong in Amsterdam

A little old fashioned, a little modern - you're the best of both worlds. And so is Amsterdam.
Whether you want to be a squatter graffiti artist or a great novelist, Amsterdam has all that you want in Europe (in one small city).

domingo, 2 de setembro de 2007

O meu bocado d'«A DEMOCRACIA, A LIBERDADE, A ORDEM PÚBLICA, A INTELIGÊNCIA, O GOVERNO E OS "VERDEUFÉMIOS"», parte 32.125


  Entrevista de Mário Crespo a Gualter Baptista, porta-voz dos argumentos políticos, mas não das acções que decorrem ao mesmo tempo, de uma organização que emite comunicados em seu nome, mas que ele não necessariamente subscreve ou aprova, e que cujos os membros e órgãos sociais são uma amalgama indefinida de pessoas que por acaso ia a passar por ali.

  De destacar os 35 minutos dedicados à questão, claramente esticados por iniciativa do Mário Crespo, mostrando o quão importante é ter um verdadeiro jornalista como pivot e porquê o Jornal das 9 é dos espaços informativos que mais prezo.

(link para os leitores sem suporte para embed)

  Vale a pena ver. Para além de informativa (esta acção passou-me um bocado ao lado quando aconteceu, e assim teria continuado mais tempo não fosse a obsessão do Abrupto com este assunto), e de bem conduzida (Mário Crespo adopta um estilo agressivo, algumas vezes sarcástico e trocista, mas condizente com um entrevistado que não diz coisa com coisa), esta entrevista deve nos alertar para o ruído que o "estilo bloquista" de fazer política provoca, acabando por prejudicar a discussão séria de assuntos importantes.

  A questão dos transgénicos é sem dúvida uma delas. E muitos pontos importantes vieram momentaneamente à superfície nesta entrevista, para imediatamente ficarem de novo submersos por um mar de mentiras e baboseiras. A ver:

  • O principio da prudência e a irreversibilidade da introdução dos transgénicos...
    Gualter Baptista chegou a gaguejar uma questão chave: e o direito das culturas vizinhas de não serem contaminadas pelos transgénicos? As sementes voam.

  • O direito à informação...
    É preocupante a admissão de Crespo de que não sabe se os cereais que o filho come ao pequeno almoço vêm de culturas transgénicas. Não se trata de temer o bicho-papão, ou de os cereais serem venenosos... Trata-se do direito de informação do consumidor, indispensável à manutenção das condições justas do próprio mercado. Que controlo tem o consumidor se as embalagens não tiverem bem visível um selo de "Geneticamente Manipulado"?

  • Os interesses económicos, as práticas anti-concorrenciais e a escravatura dos agricultores...
    Não posso ficar descansado quando a posição dominante do mercado a nível global é ocupada por uma empresa americana (sempre viradas apenas para o lucro), a Monsanto, com um largo histórico de processos ambientais, de contaminação de terras, empregados e residentes locais. Choca-me também a manipulação para que as culturas só aceitem determinado tipo de adubos ou pesticidas (comercializados pela mesma Monsanto), sementes com "relógio-interno" para que não possam ser armazenadas, ou sementes cujas plantas nascem estéreis, para que os agricultores não possam recultivar sem encomendar mais sementes à Monsanto.
  E que interesse tem tudo isto? Neste momento, nenhum. Nem acho que por agora se deva discutir seja o que for sobre este assunto, sob pena de estarmos a dar aval a este tipo de iniciativas violentas (sim, o pontapé tocou no homem) e terroristas (sim, a intenção é provocar terror... que outros agricultores temam experimentar os transgénicos, sob ameaça de lhe surgir um monte de vândalos a destruir o seu terreno).

  Desobediência civil, e o direito de resistência a lei injusta, sendo vias justas (não posso dizer "legitimas", por fugirem à lei) de luta, pressupõem (na sua forma "século XX", popularizada por Mahatma Gandhi e por parte do movimento pelos direitos civis nos EUA, e que supostamente serve de modelo a estes tipos de movimentos ecologistas e anti-globalização) uma atitude de não violência, respeito e resistência pacifica, sempre sujeito à acção da autoridade, à prisão e à retaliação.
  O grupo é ainda responsável pelas acções de cada protestante, devendo actuar sempre que algum se exceda e não respeite os pressupostos acima.

  Claramente tal não foi o que se passou, e o terror instala-se. E pior: pelos vistos já não é só nos bairros problemáticos que as forças de segurança têm medo de entrar e não podem proteger pessoas e bens...

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Hospital do Cacém

Novo hospitalcuf no concelho de Sintra:

«A José de Mello Saúde vai investir 60 milhões de euros na criação de um novo hospital de 100 camas no concelho de Sintra. A futura unidade hospitalar contará com atendimento permanente, bloco operatório incluindo cirurgia do ambulatório, unidade de cuidados intensivos, hospital de dia, mais de trinta gabinetes de consultas externas e uma forte capacidade de meios de diagnóstico e tratamento, assente em grande actualização e diferenciação tecnológica. Terá uma área de 33 mil metros quadrados, incluindo estacionamento para 400 viaturas. Está prevista a criação de cerca de 300 postos de trabalho de enfermagem, auxiliares, técnicos e administrativos a que acrescerá um número na ordem dos 150 médicos segundo diferentes tipologias de contratação. Espera-se a sua abertura em 2011 na zona do Pólis do Cacém de forma a servir centralmente um concelho que tem, neste momento, 370 mil habitantes, maioritariamente famílias jovens.»
  Foi pouco tempo depois de me mudar para Agualva-Cacém que abriu o hospital Amadora-Sintra (Fernando Fonseca). Foi também pouco tempo depois que fechou o hospital em Sintra. E também pouco tempo depois o Amadora-Sintra começou a revelar-se insuficiente para tão grande área de abrangência. E pouco tempo depois começaram então as promessas de um novo hospital para Sintra.
  Passou, portanto, muito tempo. O potencial hospital vai tomando diversas designações/localizações, sem nenhum ordenação temporal especial... "Sintra", "Sintra-Cascais", "Cascais"...

  Mas acabo por acreditar mais na promessa acima... Dá vontade de pensar "Cá está o prometido hospital!", e mesmo "à porta" de minha casa (onde ao certo ainda não percebi).
  Um hospital CUF no Cacém. Anos à espera de um novo hospital, e acaba por abrir um privado (sendo que se chegar a abrir o público será com gestão privada do mesmo grupo)...

  Uma das coisas que me irrita no Amadora-Sintra é mesmo a sua localização... Faz-me lembrar aqueles hipermercados isolados da cidade, no meio de vias rápidas, e impossíveis de chegar a pé. Sempre quero ver onde constroem o novo hospital público... Se e quando construirem...

domingo, 26 de agosto de 2007

Autocarros em Londres

Graças a um acordo entre o governo venezuelano e a Câmara de Londres, a capital inglesa começa esta semana a disponibilizar bilhetes de autocarro a metade do preço, aos residentes pobres da cidade. O projecto de abastecer a cidade com petróleo a baixo preço irá permitir que 250,000 dos residentes mais pobres de Londres possam facilmente usar os transportes públicos.

O governo venezuelano chegou a acordo com o Presidente da Câmara de Londres, Ken Livingstone, em Fevereiro passado, depois do Presidente Chávez ter sugerido a ideia durante uma visita a Londres em 2006. O acordo irá dar um desconto de 20% no combustível da Venezuela para os autocarros. Ao mesmo tempo, Londres irá abrir um gabinete em Caracas para dar à Venezuela aconselhamento e conhecimentos específicos sobre turismo, transportes públicos, planeamento urbano, e protecção do ambiente, campos nos quais Londres é líder mundial.

O desconto irá fazer baixar a conta anual da cidade em combustível que é de 65 milhões de libras [perto de 95 milhões de euros] em 14 milhões de libras [perto 20 milhões de euros], disse um porta-voz do presidente da Câmara. Quem irá beneficiar dos bilhetes de autocarro mais baratos irão ser famílias monoparentais, pessoas com doença prolongada, deficientes e outros de baixos recursos.

“Queremos atingir os londrinos mais pobres,” disse Livingstone aos jornalistas. “A partir de hoje, todos os londrinos que estão a receber o 'Income Suport' [um apoio financeiro] são elegíveis para obterem bilhetes a metade do preço para os autocarros de Londres. Isto irá embaratecer e facilitar a vida das pessoas e permitir que aproveitem Londres ao máximo.”


O presidente disse que o preço reduzido dos bilhetes poderia permitir poupanças tão grandes como 280 libras [411 euros] por ano por pessoa. E Livingstone assegurou que a Venezuela também irá beneficiar com o acordo.


“O acordo que torna isto possível também beneficia o povo da Venezuela, fornecendo conhecimento nas áreas de gestão de cidade, nas quais Londres é uma líder mundial, tais como transportes públicos, planeamento, turismo, e protecção do ambiente. Londres e Venezuela irão estar a trocar estas coisas nas quais são ricas, com benefício para os dois lados.”


O Presidente foi elogiado por alguns sectores, mas criticado por outros, pelo acordo com a Venezuela. O Director Executivo Adjunto do Centro Muçulmano de Londres, Shaynul Khan, louvou o acordo como uma forma de reduzir o custo de vida dos mais necessitados.

“Londres é uma das cidades mais caras do mundo para se viver e trabalhar, mas também cá vivem algumas das comunidades mais pobres,” disse o Director. “Iniciativas que reduzam o custo de vida dos mais necessitados são muito bem-vindas.”


“Trabalhando nas comunidades nós ouvimos as suas preocupações, tais como o custo dos transportes. Nós elogiamos o Presidente e a Autoridade Metropolitana de Londres por introduzir medidas práticas que ajudam os londrinos. Esta iniciativa irá beneficiar muitos milhares de pessoas comuns com baixos recursos,” assegurou ele.


O acordo foi criticado por Angie Bray, membro do Partido Conservador na Assembleia Municipal. Ela disse que Livingstone, como presidente de uma das cidades mais ricas do mundo, não deveria aceitar subsídios dos residentes em Caracas, uma das mais pobres.

  Citação de Chris Carlson - Venezuelanalysis.com, traduzido por Alexandre Leite.
  Notícia no Finacial Times Europe.

  Pode me ter escapado, pois tenho visto pouca televisão, mas pensava que notícias que envolvessem a Venezuela fossem só sobre raptos de comerciantes portugueses... Pelo menos por cá sim, ou estarei a fazer mal a pesquisa? Dá-me zero resultados na pesquisa do Google News, enquanto a pesquisa na web (limitado por "site:.pt") não me dá resultados relevantes.

Silly Season (1)

Pílula e preservativos de graça:

«As mulheres portuguesas vão ter um acesso mais fácil aos contraceptivos. O Governo quer criar uma espécie de via verde de acesso à pílula e aos preservativos nos centros de saúde.»
  O Governo aproveitou ainda para anunciar medidas como o plano nacional de vacinação e as baixas por doença. Noutras áreas destacou a expansão do ensino obrigatório até ao 9º ano e a abertura de uma nova auto-estrada que ligará Lisboa a Cascais.

  Só como referência, do site do IPJ:
Onde podes adquirir preservativos?
Os Centros de Saúde, e também os Centros de Atendimento a Jovens, fornecem preservativos gratuitamente.
Podes também comprá-los nas farmácias, nos supermercados, nas máquinas que se encontram nas discotecas, bares e centros comerciais, (nestes casos atenção ao seu período de validade e se estas máquinas estão no exterior, ou seja, expostas ao meio ambiente).

Grande vitória do século

Ano de 2007 é o que regista menor área ardida neste século:

«O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas congratulou-se hoje com os dados relativos à área ardida, considerando 2007 como o ano deste século em que até agora há menos área devastada pelo fogo. "O balanço é muito positivo e o facto de, durante este século, este ser o ano com menos área ardida no país é um bom sinal de que as coisas estão no bom caminho", afirmou Rui Nobre Gonçalves.»

  Por momentos, juro-vos, tentei lembrar-me de notícias de grandes fogos nos anos 40, 50 ou 60... Depois lembrei-me que o século actual começou há menos de sete anos.
  Mas ainda bem que o Governo se vem congratular pelos resultados no combate aos incêndios, num ano em que as temperaturas raramente chegaram aos 30ºC e chove de 10 em 10 dias. Curiosamente os poucos incêndios de que se tem ouvido falar têm sido nos dias em que a temperatura realmente ultrapassou os 30ºC.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Notícias muito úteis e informativas (1)

SIC Online - "Regresso" a casa 66 anos depois

«Os netos e as bisnetas de Adelino Mendes não comemoraram o 81º aniversário do líder cubano, que há um ano entregou o poder ao irmão Raul Castro.

"Nunca vamos deixar de ser cubanos", afirma Líber Mendes, admitindo que o último 13 de Agosto, data do nascimento de Fidel, lhes passou despercebida.»

(ah, pois... tem tudo a ver...)

«Lídice Mendes recebeu este mês o cartão de eleitor na Junta de Freguesia da Lousã, onde fora tratar de outro assunto.

A funcionária avisou que iria também emitir o documento que a habilita a votar... em diferentes partidos, pela primeira vez na vida.»

(é preciso um documento para votar em partidos?)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Tendencialmente gratuíto (1)


Medida será aprovada hoje em Conselho de Ministros
Estudantes do superior vão poder contrair empréstimos para financiar os cursos
23.08.2007 - 10h56 PUBLICO.PT


Os estudantes do ensino superior e os investigadores vão poder contrair empréstimos junto da banca para financiar os seus estudos, tendo o Estado como fiador e com taxas de juro que dependem do sucesso escolar.

A medida entra em vigor já a partir deste ano lectivo e irá abranger licenciaturas, mestrados e doutoramentos, mas também projectos de investigação, no ensino público e privado, através de um fundo de garantia mútuo com uma participação inicial de 1,5 milhões de euros.

Segundo o "Diário de Notícias" de hoje, os alunos com melhores notas — acima de 16 — têm direito a juros mais baixos, devendo as licenciaturas usufuir de empréstimos de até 25 mil euros, tecto que poderá subir se o grau de estudos for superior. Os juros mais baixos — cujos valores ainda não estão definidos — serão possíveis porque o Estado vai tornar-se fiador dos estudantes.

O pagamento começa a ser feito um ano após concluída a formação superior e o empréstimo deve ser liquidado no mesmo número de anos em que foi utilizado.

Estes empréstimos não vão interferir com a acção social já existente, que se reflecte, por exemplo, no apoio através de bolsas de estudos, podendo os estudantes ter uma bolsa e um empréstimo para financiar o seu curso.



  Parece já ponto assente que a educação nunca será gratuita. Há então que entregar o seu financiamento aos privados.
  Que estranho que do Norte, Finlândias, Suécias e afins, só se tente importar conceitos de Flexiseguranças (e mesmo nisso só a parte do flexi, deixando a segurança de parte), e se deixe de parte o conceito de educação grátis e subsidiada.
  Mas pronto, são sociedades economicamente mais avançadas... Nós estamos na cauda da Europa dos 15... Mas e dos pobrezinhos países do alargamento, não se podem tirar exemplos?

  Ainda bem que não é preciso sair da Europa.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Nem sequer metade

48% GeekMingle2

domingo, 15 de julho de 2007

Três Rs = RRR

Como podem os países comprometerem-se a mudar os seus hábitos e salvar o mundo do aquecimento global, se mais de metade da população o que tem é razões para odiar o mundo e desejar que desapareça?

domingo, 1 de julho de 2007

Alfabetização no bairro 6 de Maio

Esta sexta-feira encerrou o ano lectivo no centro social do bairro 6 de Maio, na Amadora. Colocarei aqui o link para as fotos quando as tiver, mas entretanto publico uma áudio-reportagem de uma estudante universitária, sobre o trabalho desenvolvido neste centro.

«Pop Rock e Vice Versa», de José Cid

José Cid, o "colosso" (como lhe chamou Júlia Pinheiro numa das suas tardes da semana passada, que podem ver no fundo deste post) reinventa-se mais uma vez, lançando o segundo álbum da prometida trilogia.
Desta vez trata-se de um álbum (duplo) de versões, quer de seus próprios êxitos, quer de outros. Ainda não ouvi tudo, mas pela sonoridade do pouco que ouvi pareceu-me que vale bem a pena.


O último concerto a que fui de Cid deixou-me um pouco triste. Primeiro porque o som no "lounge" do Casino de Lisboa é simplesmente muito mau. Mas principalmente pela atitude de alguns espectadores.
Já era fã de Cid antes da sua revitalização, e apesar de admitir que também sou um pouco cativado pela sua imagem kitsch (e tão bem sabe ele explorar isso!), penso que devemos respeito a qualquer pessoa. O que se passou naquela sala (ou hall do casino) revela que muitos dos seus novos "seguidores" não passam de putos estúpidos, que não têm noção que Cid é um artista de nível mundial e com um álbum no Top 100 da Billboard magazine, no que diz respeito a rock progressivo.
«A pouco e pouco» é uma obra menos feliz (apesar de até achar o refrão bastante bom) com que Cid teve de aprender a viver (como com o macaco e sua banana), mas isso não justifica o gozo maldoso (ou "comentários jocosos", como ministro da saúde tanto gosta de dizer), o perturbar e mesmo interromper de músicas com berros de «Favas! Favas!» e o completo desprezo pela vontade do artista, que claramente não queria repetir a canção no encore.

Aparte disso, acho essa canção deliciosa e com um potencial de paródia fantástico. E Cid também sabe disso, pelo que uma das faixas do novo álbum é uma nova versão, num estilo bem diferente do original.



Só não percebi o porquê de algumas das alterações na letra. Para além de ter despedido o escrivão (o que originou tamanha confusão), também deixou de acender a fogueira na sala, optando por uma lareira (opção bem mais segura).



sábado, 23 de junho de 2007

Último dia de catequese

E pronto, estão confirmados. Agora é esperar que aceitem da melhor forma este gesto do amor de Deus e agarrem, cada um da sua forma, o convite a fazerem a diferença no mundo.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Programmer's personality test

Your programmer personality type is:

DHSC

You're a Doer.
You are very quick at getting tasks done. You believe the outcome is the most important part of a task and the faster you can reach that outcome the better. After all, time is money.


You like coding at a High level.
The world is made up of objects and components, you should create your programs in the same way.


You work best in a Solo situation.
The best way to program is by yourself. There's no communication problems, you know every part of the code allowing you to write the best programs possible.


You are a Conservative programmer.
The less code you write, the less chance there is of it containing a bug. You write short and to the point code that gets the job done efficiently.

Clássicos da TV


«Você é A Team : Você gosta de trabalhar em equipa. Amigo dos seus amigos, tem grande espírito de camaradagem e adora dar uma boa gargalhada. Porém, para quem está fora do seu grupo de amigos você acaba por parecer um bocado bizarro. Oh, mas o que é que há de mal numa explosãozita inocente para animar o dia?

B.A. Baracus: I pity the fool who goes out tryin' a' take over da world, then runs home cryin' to his momma!»

Blogoke [2]



Que assim seja...

terça-feira, 6 de março de 2007

Blogoke

Karaoke: palavra japonesa カラオケ, formada por 空 kara, "vazia", e オーケストラ ōkesutora, "orquestra".

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Reforços

Numa daquelas coisas dos media, ficaram hoje juntas, algures na ordem do dia, duas notícias sobre crianças e sua educação.

A primeira tratava do caso de uma criança obesa no Reino Unido, em que os serviços sociais estavam a avaliar a possibilidade de retirar a custódia aos pais, acusando-os de negligência (entretanto já foi decidido que "por agora" a criança não será retirada).

Apesar de pouco mais ter visto que a pouco rigorosa reportagem da SIC (que no inicio diz que a criança pesa 90 quilos, "três vezes mais que o normal para a idade" e mais para o final informa que já chegou a pesar 98 quilos, "quatro vezes mais que o normal"), preocuparam-me as declarações da mãe:

"Ele recusa comer fruta, vegetais, saladas. Só quer comer alimentos processados. Quando não come mais nada, tenho de lhe dar as comidas de que ele gosta, não posso deixá-lo à fome."
Saltou-me à vista a dificuldade que esta mãe tem em lidar com a vontade do filho. Não desprezando que deverá existir algo de patológico no apetite da criança, a justificação com "ele recusa comer fruta" não me parece minimamente aceitável.

Estou certamente formatado pelo estilo de educação que tive, mas tenho recentemente partilhado o quanto agradeço uma frase, injusta e que muito me irritava, que ouvi muito em criança: "Tu ainda não tens idade para ter querer".

Nunca fui espancado, nem me lembro de levar muita palmada... Lembro-me mais talvez de ficar de castigo no quarto.
Mas lembro-me de ser bem educado, com disciplina e cultivo da responsabilidade, com independência mas com noção da realidade e do meu lugar.

E por isso neste caso não pude deixar de pensar que a mãe devia era colocar-lhe sempre o mesmo prato na mesa até o comer.

Mas falta a segunda notícia... A condenação, por parte do Conselho da Europa, da decisão do Supremo Tribunal de Justiça, de Abril de 2006, em que os castigos corporais são considerados lícitos desde que moderados e com fim educacional.

Eu não acho que a palmada seja solução na educação de uma criança. Nem quero educar os meus filhos assim. Mas acredito que a educação se faz através de reforços positivos e negativos.
Deve-se apostar essencialmente nos positivos, indiscutivelmente (e os negativos devem existir mas não sobre forma de violência física ou psicológica). Mas o que me parece é que nos dias de hoje não se aplicam nem uns nem outros. Não se castigam os comportamentos errados, tal como não se premeiam os correctos. Os educadores, por falta de tempo, má preparação ou mesmo deformação sociológica, descartam-se do seu papel e deixam os jovens sob sua alçada entregues à sua própria vontade, egoísmos e apetites.

Irónico é que com isto as crianças desenvolveram elas próprias o seu sentido inato de reforço positivo/negativo e aplicam-no nos pais para obterem o que querem. E assim há uma inversão de valores que leva à domesticação dos pais por parte dos filhos.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Um clássico

A lista de termos de pesquisa dos visitantes é sempre uma óptima e divertida fonte, recorrente e renovável, para qualquer blog.

Publicar links como "significado de sonhar com um pintaínho", macrocefálicos, "não culpado" inocente e artistas que mataram a mulher é, pelo menos para mim, material mais do que suficiente para me ir deitar satisfeito.

Por pouco!

Extraordinária recuperação! Se o melhor filme tivesse sido outro tinha ficado em primeiro lugar (exequo) nas apostas...

No total acertei 10 óscares em 24... Não foi mau de todo, tendo em conta que ainda não tinha acertado em nenhum depois dos primeiros 8...

E assim termino o relato... Não sou muito fã deste tipo de posts, mas teve a sua piada... Muito graças à pobre vizinha... E ao meu manhoso gato...

Novidades da cerimónia

O nível de comedicidade e interactividade desta cerimónia não para de me surpreender. Nunca tinha visto coisa igual!

Não é que estava a Ellen a falar e a campainha toca, a vizinha diz "Caramba, são três da manhã! É uma vergonha, vivo no terceiro andar e não consigo dormir com o som da televisão!" (eu vivo no segundo andar, não é assim tão longe...), o gato foge-me escadas acima, entra na casa da vizinha e diverte-se a ignorar as minhas chamadas e a fugir da vizinha...

E continuo em último lugar nas apostas dos óscares.

Apostas

O Cars perdeu... Devo dizer que até agora ainda não acertei em nenhum óscar... Ou ainda há coisas que não são tão óbvias como parecem, ou sou mesmo um desastre no jogo (e no amor).

E porque está o Jack Nicholson sem cabelo?

O estado das coisas

Há que confessar (a quem lhe interesse) que o meu esforço de disciplina não tem resultado a 100%.
Contudo há que esclarecer em particular a questão dos posts neste blog... Reconheço que não tenho vindo aqui em alguns dias, mas na maioria dos outros simplesmente não tenho nada sobre que escrever... Ou o mundo está mais desinteressante ou os comentários possíveis são demasiado óbvios... Ou na volta o problema é mesmo comigo, que sinto que nada posso acrescentar à realidade.

Ah, estão a começar os óscares!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Ainda no espírito (ou falta dele) de ontem



«Você é... a cena da Passagem de Ano em "When Harry Meet Sally": Para si, a verdadeira declaração de amor deve ser sempre espontânea e não treinada horas a fio ao espelho. O amor deve sempre ter como base uma forte amizade, até para o ensinar a gostar dos defeitos da outra pessoa.»

Devo dizer que nunca vi o filme... Mas gosto do Billy Crystal e já achei piada à Meg Ryan (nos tempos de "Sleepless in Seattle").

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Favoritos - Quino #1

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Exílio

Lembro-me de quando este governo foi eleito ter assumido o compromisso de não me pronunciar sobre a sua actuação até ao inicio da campanha para as eleições seguintes (de finais de Fevereiro até perto de Outubro, portanto).
Acredito que quem sai não-vitorioso de uma eleição deve reservar-se num "período de nojo", pois o vencedor beneficiará de um estado de graça que fará qualquer declaração da oposição soar ridícula e, até mesmo, ser acusada de mau perder.
"Deixa-os pousar" parece-me uma atitude mais sensata e menos desgastante para quem certamente já muito desgastado está pela contagem dos votos.

O mesmo se passa naturalmente no rescaldo deste referendo. Um mau ganhar de um líder partidário vencedor, que faz um agradecimento irónico e ofensivo "aos católicos", é considerado engraçado e fruto do entusiasmo do momento, enquanto o mau perder de um médico desconhecido perdedor, que diz "ah e tal, da outra vez valeu, mas desta vez o referendo não é vinculativo", já é considerado uma lamentável tentativa de pressão sobre o poder politico e desrespeito pelo poder popular.

Seguindo então a mesma ordem de ideias de 2005, e a não ser que seja convocado mais algum referendo, se calhar não me deveria pronunciar sobre as eleições transactas até às legislativas de 2009.
A ver vamos. Mas pelo menos por agora de nada serve abrir a boca. O processo legislativo irá seguir conforme quiserem os que se consideram vencedores, e qualquer contribuição será considerada demagógica, hipócrita e "atentadora da vontade do povo português". Esquecerão a tolerância que tanto advogaram e duvidarão de qualquer boa intenção.
É tempo de recolhimento. Para as mesmas instituições onde já estávamos antes.

YODA: Into exile I must go. Failed, I have.
in «Star Wars - Revenge of the Sith»

Euromilhões

Um post por dia...

Perante a necessidade de me redisciplinar decidi voltar a escrever pelo menos um post por dia. O irónico é que o faço já passa da 1h30 da manhã, em vésperas de uma reunião de trabalho que ainda não está preparada, e sem o mínimo assunto para escrever. Pelo menos não ao meu estilo.
O assunto do aborto está esgotado, por agora, o tremor de terra não o senti, mais uma vez, e nada de especial, ou surreal, tenho a partilhar.

Fica portanto apenas a sugestão para que vejam o «Scoop», um divertido filme com Raul Solnado.