St John Chrysostom: Prayer is the light of the soul
Se não fosse esta vida azul...
colocado pelo artista Nelson às 23:52 0 obras de arte
A vida é um xadrês, em que todos tentamos pensar duas jogadas à frente do outro.
colocado pelo artista Nelson às 16:34 0 obras de arte
Faz sete meses e uns dias que proferi pela primeira a frase. "Se não fosse esta vida azul..."
Para muitos não faz sentido. Confesso que para mim só faz porque fui eu que a disse. Estavamos no dia do nascimento do Artista Anónimo.
O Artista Anónimo não é uma pessoa, é um conceito. O Artista é alguém que cria, que inventa, que imagina, que sonha.
O Artista é alguém sem limites, sem preconceitos, sem barreiras. O Artista vive para dar à luz, para colocar as suas obras no mundo. O Artista é livre.
O Artista ama a vida. O Artista não é Deus; mas o Artista cria. E recria. E adora a criação.
O Artista choca. O Artista rompe. Dedica-se à sua obra, seja ela para ser efémera ou permanente. O Artista não desanima, não liga ao que os outros pensam de si. Mas o Artista não cria para si, cria para os outros.
Eu não sou Artista Anónimo. Sou no máximo um mísero aspirante.
Quando me foi pedida uma frase sobre o Artista, saiu-me este simples desabafo: "Se não fosse esta vida azul...". Desabafo porque reflete o porquê de não ser Artista.
É a velha história dos "Se". "Se" não fosse isto, "se" não fosse aquilo... Tratamos sempre de colocar entraves a nós próprios. Vivemos no mundo do "Não vale a pena", do "Não sou capaz" e do "Para quê?".
Ainda a possibilidade não se apresentou toda, e já estamos "Ah, não dá... A essa hora tenho de dar comer ao cágado."; "Eles são mais fortes, nunca ganhariamos."; "Aquilo é gente com dinheiro, a nós não nos deixam."; "É pena.".
Não votamos, não gritamos, não amamos, não criamos, não sonhamos, não tentamos, não avançamos.
Não sei se somos pessimistas, realistas ou comodistas... Mas somos iguais. Somos monótonos. Somos cinzentos.
Não gostamos da vida que vivemos, mas não a tentamos viver de outra forma, porque temos a vida que temos. Estou mal, mas não posso ficar bem, porque estou mal. É uma pescadinha de rabo na boca. Uma prisão perpétua.
Será humano viver assim, e os poucos diferentes têm alguma deficiência genética? E será essa deficiência uma vantagem evolutiva, ou estão condenados à extinção, por via da selecção natural?
A minha vida é azul... E a tua? Se não fosse esta vida...
colocado pelo artista Nelson às 04:10 0 obras de arte
Em relação à questão do post anterior, houve na altura reacções na comunidade blogueira, como por exemplo deste blog dedicado ao próprio Google...
colocado pelo artista Nelson às 03:37 0 obras de arte
Como poderão verificar pela data dos artigos linkados, esta é já uma questão antiga, possivelmente bastante discutida. Mas resolvi ainda assim postar sobre ela, porque no outro dia, numa conversa entre artistas anónimos, falava sobre isto: a invasão dos blogs no Google, de como qualquer coisa que se procure resulta no aparecimento de uma lista de blogs.
O facto dos blogs se linkarem todos uns aos outros faz com que obtenham posições elevadas nos motores de busca, o que tem gerado discussão. Este fenómeno acontece agora também com procuras de termos em português.
E o que é certo é que nos blogs fala-se de tudo, pelo que é provável que qualquer combinação de palavras fique associada a qualquer blog. Que blog minimamente visitado e linkado não recebeu visitas de alguém procurando a fernanda serrano nua ou similar?
Eis um artigo sobre o fenómeno, em que alguém sugere que se retirem os blogs da procura principal do Google, tal como se fez com os newsgroups (Usenet) há tempos.
colocado pelo artista Nelson às 03:32 0 obras de arte
do Lat. parodia < Gr. parodia < pará, ao lado + odé, canto
s. f.,
imitação burlesca de uma obra literária séria;
por ext. imitação ridícula;
arremedo;
pândega.
colocado pelo artista Nelson às 19:12 0 obras de arte
Estava a escrever um post quando "puff", foi-se a luz. Depois do primeiro impulso de me levantar, para gritar com quem tivesse tido a brilhante ideia de ligar máquina de lavar, torradeira e forno, apercebemo-nos que era "geral", lá fora também não havia electricidade.
Curioso para saber a extensão do "apagão", já imaginando as manchetes «Nova York, Londres e Lisboa unidas», depressa me lembrei de ligar a SIC Noticias. Duh! Parvoíce, não há televisão! Vou mas é ver no site da SIC...
....
Depois de me auto flagelar pela minha estupidez, dei por mim a recorrer ao meio de informação que mais abomino, que mais asco, náusea, repugnância, aversão me provoca.
Recordo-me sempre daquele inquérito telefónico, cuja primeira pergunta foi quantas horas de rádio ouvia por semana... “Ah... Tem de ser por semana? É que não sei. Talvez duas ou três por ano...” Curiosamente o inquérito não continuou...
E lá fui... Metem receptores de rádio em todo lado. Fui buscar um minúsculo que há uns meses a Epson me obrigou a aceitar junto com um tinteiro. Não ligava. Ah! Tinha as pilhas envoltas em plástico, para não gastarem.
E aqui está porquê odeio rádio: não cumpre o que promete, não posso ouvir em qualquer lado. Mas por que raio não sai som no hall? E porquê só tenho estática na cama? E faz parte do divertimento da rádio andar de braço no ar, atrás da emissão? Pelos vistos só gosta de certas partes do meu quarto. Acabei por ter de me pôr à janela.
Lá em baixo, gente andava ao Sol, de um lado para outro, indiferentes ao facto de haver ou não electricidade. Casalinhos por todo lado. Ninguém em pânico, ninguém em desespero pela falta de luz. Gente pouco iluminada, digo-vos eu. Pobres coitados. Mas fica a dúvida: como conseguem viver?
Observei-os algum tempo porque as notícias são só de hora em hora. E tenho o azar de calhar sempre a meio da hora. Definitivamente já não é suficiente. Precisamos de um fluxo noticioso mais contínuo. Informação, informação, informação!
Lá tive de levar com as músicas do João Pedro Pais (private: ainda não a do “Sou um ser que odeias”, mas já encontrei a letra), Sara Tavares, e umas quantas estrangeiras dos anos 80. Não, não estava na Nostalgia, estava numa rádio local.
Finalmente o sinal horário! Pi, pi, pi, pi, piiii. São 17h. Fogo em Torres Vedras; membro do PP de Sintra indicado para substituir a governadora que foi para o Governo; pescaram um tubarão em Sesimbra. E venha a música...
Bem, o “geral” é local... Continuamos sem luz. Desligo o rádio. Vou até à sala. Vou até à cozinha. Vou para o quarto. Vou à casa de banho. Vou à sala. Vou para o quarto. Lembro-me da expressão “parece uma barata tonta”. Vou à cozinha. Lancho. Vou para a sala.
Ando num lado para o outro a bater com a cabeça nas paredes. Deito-me. Toco flauta.
O meu pai decide finalmente desistir da teoria “Alguém há-de ligar” e telefona para a assistência da EDP. Atendem. Por coincidência volta a luz. Gritamos de alegria. Gargalhadas do outro lado.
”Eu bem disse que tínhamos de telefonar para lá.” - digo-lhe em tom sarcástico.
Sento-me ao computador e escrevo este post. Ligo a televisão na SIC Noticias. Ah... informação...
Air Luxor com bilhetes para Paris e Londres a 29€?! Porra, ia perdendo esta notícia!
colocado pelo artista Nelson às 18:34 0 obras de arte
Numa fase menos inspirada, custa-me ver os melhores posts a desaparecerem pelo fundo da página, entrando num arquivo que ninguém consultará, exceptuando um ou outro pobre coitado que procura algo no Google.
Já tentei a opção de não arquivar os posts, mas a página estava cada vez mais pesada.
Assim, decidi criar uma selecção dos "melhores" posts do AA, e criar a secção de links "Memória".
colocado pelo artista Nelson às 17:51 0 obras de arte
Soube que houve quem não reparasse que o link para o teste da politica está no próprio título do post. Por isso aqui fica: http://www.politicalcompass.org.
E mais umas quantas pessoas no referencial:
Quando se tem um Papa na Esquerda, e um líder trabalhista na Direita, sabe-se que se vive num mundo complicado...
colocado pelo artista Nelson às 03:33 0 obras de arte
É imperdoável que ainda não o tivesse referido aqui no Blog. O grande mito da música portuguesa e mundial! José Cid.
A não perder o concerto no Casino do Estoril, no dia 23 de Outubro. Entrada gratuita.
Estive há um ano no concerto no CascaisShopping, e ainda não me recompus!
Vieram tribos ciganas
Saltimbancos sem eira nem beira
Evitaram a estrada real
E passaram de noite a fronteira
E veio a gente da gleba
Mais a gente que vivia do mar
Para enfeitar a cidade
E abrir-lhe as portas de par em par
[Refrão]
No dia em que o rei fez anos
Houve arraial e foguetes no ar
O vinho correu à farta
E a fanfarra não parou de tocar
E o povo saiu à rua
Com a alegria que costumava ter
Cantando: se o rei faz anos
Que venha à praça, para nos conhecer
Mas nesse reino distante
Quem tinha um olho era rei
Lá vai "rei morto rei posto
Levado em ombros p'la grei
E a festa continuou
Já que ninguém tinha nada a perder
Só ficou um trovador
P'ra contar o que acabava de ver.
[Refrão]
José Cid, No dia em que o rei fez anos
colocado pelo artista Nelson às 05:59 0 obras de arte
Algo obviamente correu mal, pois os resultados colocaram-me na esquerda.
Sendo este o referencial:
Fiquei aqui:
Ou seja,
colocado pelo artista Nelson às 05:25 0 obras de arte
Será este o título do primeiro teste ao sistema de construção partilhada de histórias...
Tomei a liberdade de começar eu...
O personagem (ainda sem nome) encontra-se à espera (sozinho, acompanhado?) no aeroporto (qual?) de um voo (para onde?) com partida atrasada, divagando... O narrador é ele próprio, ou seja, um narrador presente e na primeira pessoa.
São-nos apresentados alguns pormenores sobre ele: sabe-se que é professor (de quê?), e que abandonou o seu trabalho. É casado com a Esperança. Pelo historial de carreira e de casamento, deve estar entre os 40 e os 55 anos.
A narração parece iniciar-se "in medias res", mas a contribuição seguinte pode facilmente transformar os pensamentos dele em meras memórias enquanto espera... Se bem que é difícil, com a frase "Tudo começou a mudar quando deixei de dar aulas."... Eu por mim prosseguia a história explicando como foi ele parar àquele aeroporto.
E é tudo... Espero que contribuam...
colocado pelo artista Nelson às 23:32 0 obras de arte
...acrescenta um ponto.
É com isto em mente que vai passar a existir um post fixo no topo do blog. O sistema permite, a quem quiser contribuir, continuar uma história, com vista a chegar a um final.
Neste primeiro teste é visível toda a história (mesmo as partes apagadas), de forma a criar um texto coerente. No futuro poderão ser criadas histórias em que só se vê a última contribuição, criando textos surreais.
O final será assinalado, obviamente, com a palavra FIM. Porém há certas regras para lá chegar:
colocado pelo artista Nelson às 23:32 0 obras de arte
Se alguém me vier falar disso, enquanto estou embrulhado no meio dos papeis acumulados só no último ano...
E onde raio está aquele que é o único que preciso?!
colocado pelo artista Nelson às 14:52 0 obras de arte
ou "Homenagem", em português moderno...
Somos já 4 artistas registados, e posts nem vê-los. São vocês que poêm o "SU" em "SUreal", e mantêm o espirito deste Blog.
Obrigado.
colocado pelo artista Nelson às 14:47 0 obras de arte
No inicio do 10º ano, uma das minhas melhores amigas pediu-me em namoro. Nunca tal tinha acontecido, nem voltou a acontecer.
Recusei... e não lhe voltei a falar.
Sou uma pessoa que mais facilmente desperta ódios que amores. Nunca consigo que fiquem com uma boa primeira impressão de mim. E nem sempre consigo uma boa segunda impressão. E se à terceira é de vez, à quarta consigo estragar tudo outra vez.
Estou, porém, rodeado por um grupo de amigos fantásticos (têm de o ser, para me aturarem...). Dar-lhes-ei a devida atenção? Responderei aos gestos de afecto que têm para comigo? Ou estarei mais preocupado com os que não o fazem?
Perdemos demasiado tempo a pensar nos que não gostam de nós, e negligenciamos os que gostam. E fazemo-lo intencionalmente. Fugimos de relações estáveis, rejeitamos o amor dos nossos pais, não aceitamos ajuda dos nossos amigos, mantemos orgulho perante aqueles que nos querem bem, e recusamos qualquer prova de amor.
Procuramos a violência, os escândalos. Desconfiamos se alguém é carinhoso, sem pedir nada em troca.
Ao mundo não se coloca apenas o problema de amar o próximo, mas também o problema de deixar sermos amados. Fugimos do amor como o rabo à seringa. Não sabemos ser amados.
colocado pelo artista Nelson às 07:14 0 obras de arte
Acho que, ao contrário do que tenho vindo a pensar, não vejo mal ao longe... Os tais objectos que o olho direito demora mais a focar é quando passo de um objecto longínquo para um mais perto. Talvez isso explique porque me canso a ler, ou porquê cada vez passo menos tempo aqui...
Mas é por isso mesmo que mudei o template do Blog. Letras pequeninas, que é para exercitar os olhos!
colocado pelo artista Nelson às 05:46 0 obras de arte