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terça-feira, 15 de julho de 2003

Pensar positivo...

  Gaja parva, #!*%!#&$**#$, *&/$%"#$!"#$% diz:
    Fala de qualquer coisa positiva, diz bem de alguma coisa

   Boa... De que posso eu falar bem?
  Não sei mesmo se não acabei de escrever uma antítese na frase anterior... Afinal, são anos e anos de criticas negativas, tentando faze-lo de forma implacável, nem que isso destrua o sorriso que alguém tinha na cara, antes de se aperceber da porcaria que fez...

  Comecei cedo. Já na primária os pontos que realçava nas composições de visitas de estudo eram os tempos de espera (odeio esperar), e ainda o vicio das professoras por café.

[7 de Dezembro de 1990 - Visita à Biblioteca]
[...] No fim a Bibliotecária Maria de Deus ofereceu-nos rebuçados e canetas e às professoras café.

[22 de Fevereiro de 1991 - Visita à Malveira]
Por volta das 8h35m fomos à Malveira (55 km +-) mas antes de chegarmos parámos para as professoras beberem café. [...]

[5 de Março de 1991 - Visita ao Aeroporto de Lisboa]
Hoje, dia 5/3/91, fomos ao Aeroporto de Lisboa. [...]
Quando chegamos vimos guardas com metralhadoras e ficámos lá à espera 0h45m. Depois chegou o guia e levou-nos a visitar o Aeroporto. Para ir para cima passámos por um tapete rolante e fomos para a camioneta.
Ainda esperámos 0h5m pela camioneta. Na camioneta o Sr. explicou coisas sobre o Aeroporto. [...]
Depois estivemos à espera da camioneta para irmos para a escola.

  Com o tempo aperfeiçoei a minha veia critica, e posso agora orgulhar-me de ser capaz de deitar por terra muita ideia, seja ela boa ou má...
  Mas a concorrência é cada vez mais apertada. São os "opinadores", de que se falou no primeiro post...

  Estamos numa altura em que já não se põe o problema de agradar a Gregos e a Troianos. Simplesmente não se consegue agradar a ninguém, ponto final. Não vale a pena tentar chegar a consensos, porque eles são uma espécie extinta.
  Não vale a pena a concertação social, porque os sindicatos quererão sempre mais 1% de aumento; não vale a pena reformar o ensino, porque os alunos quererão sempre menos exames; não vale a pena acabar com lixeiras, porque a população nunca aceitará nem um aterro, nem uma incineradora...
  Não vale a pena governar bem, porque será sempre pedida a queda do ministro, mesmo pelos que nem sabem o seu nome; não vale a pena a transmissão diária do parlamento, porque os deputados serão sempre aqueles que nunca lá estão; não vale a pena separar as águas entre politica e futebol, porque nunca se será reeleito.

  É tão fácil falar mal da situação económica, do governo... É tão cómodo culpar tudo e todos, menos nós próprios.
  Mas porquê tem de ser o Estado a nos tirar dos buracos onde nos enfiamos? Nós somos o Estado! Parem de falar dele como se fosse uma pessoa. É uma entidade abstracta, que representa o conjunto de todos nós, com instituições e órgãos que exercem funções no interesse comum.

  Nunca vamos avançar enquanto continuar a ser o Estado a suportar os esforços, cada vez que há uma crise económica. Tem de ser o sector privado a investir, têm de ser as pessoas a acreditar e ter espírito empreendedor. É nas épocas de crise que surgem oportunidades e se fazem grandes riquezas. E é nos tempos de dificuldade que mais é precisa esta atitude de ir para a frente.

  Mas é mesmo mais simples ficarmos sentados diante do fracasso, da falta de confiança, da depressão, e pensarmos «Mas que posso eu fazer?», e esperar que os outros façam por nós aquilo que queremos.

[FMI - José Mario Branco]
Preocupações, crises políticas pá? A culpa é dos partidos pá! Esta merda dos partidos é que divide a malta pá, pois pá, é só paleio pá, o pessoal na quer é trabalhar pá! [...]
E tu fizeste como o avestruz, enfiaste a cabeça na areia, não é nada comigo, não é nada comigo, né? E os da frente que se lixem... E é por isso que a tua solução é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada, precisas de paz de consciência, não andas aqui a brincar, né filho? Precisas de ter razão, precisas de atirar as culpas para cima de alguém e atiras as culpas para os da frente, para os do 25 de Abril, para os do 28 de Setembro, para os do 11 de Março, para os do 25 de Novembro, para os do... que dia é hoje, ah? [...]
Hão te convencer de que a culpa é tua e tu sem culpa nenhuma, tens tu a ver, tens tu a ver com isso, não é filho? Cada um que se vá safando como puder, é mesmo assim, não é? Tu fazes como os outros, fazes o que tens a fazer, votas à esquerda moderada nas sindicais, votas no centro moderado nas deputais, e votas na direita moderada nas presidenciais! [...]
Nem para a frente nem para trás e eles que tratem do resto, os gatunos, que são pagos para isso, né? Claro!

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