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domingo, 12 de outubro de 2003

Greve...

  Vou aderir.

  Não por discordância com a política do Governo na área do Ensino Superior, mas sim pela aplicação irreflectida de uma medida, como comentei numa caixinha de texto de um post exterior.
  Aumentos de 140% não se toleram.

  Sou, por principio, contra as greves, por achar que a sua banalização apenas enfraquece esta forma de protesto e de afirmação de posição.
  Greve de estudantes ainda mais, pelo absurdo da ideia: numa empresa, é o trabalhador que presta um serviço ao empregador, e, se há greve, o empregador fica prejudicado; numa faculdade, o estudante usufrui de um serviço prestado por trabalhadores, e, se há greve, ninguém fica prejudicado a não ser o próprio grevista.
  Para além do paradoxo de nos dias de greve haver mais alunos na faculdade do que nos dias normais.

  Desejo que as manifestações planeadas para este tempo de greve tenham pés e cabeça, sejam responsáveis, e não resultem numa ainda maior descredibilização da imagem dos estudantes.

  Adiro na esperança que o simbolismo do manifesto provoque resultados. Não posso suportar a nova propina. E sim, pedi uma bolsa aos serviços de acção social, mas esta não aumentou nem 10%, quanto mais 140%...

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